Polifarmácia em idosos: a importância da atenção primária em mitigar os efeitos adversos oriundos da medicalização

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Devido às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), a polifarmácia em idosos, que é caracterizada pelo uso de múltiplos medicamentos, é muito comum e pode originar efeitos adversos e interações medicamentosas. A atenção primária à saúde é fundamental para mitigar esses riscos, revisar tratamentos, prevenir problemas e melhorar a qualidade de vida dos adultos mais velhos. Este artigo tem como objetivo discutir a importância da atenção primária em relação a atenuação dos efeitos adversos da polifarmácia em idosos. O estudo foi realizado através de uma busca nas bases de dados Medline/PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cochrane Library. A questão de pesquisa e a estratégia utilizadas foram baseadas no modelo PICO. Foram incluídos estudos de ensaio clínico, meta-análise, ensaio controlado randomizado, artigos completos, livros e documentos, publicados nos idiomas inglês, espanhol e português, nos últimos 5 anos. Foram encontrados um total de 251 artigos inicialmente. Após as análises e as eliminações das duplicatas, foram analisadas 134 referências por título e resumo, das quais 76 foram incluídas para leitura na íntegra. Após essa etapa, 64 referências foram excluídas. Ao final, 12 estudos foram considerados elegíveis. As evidências disponíveis demonstram que a polifarmácia em idosos é um desafio crescente que exige atenção cuidadosa, especialmente na atenção primária à saúde. O acompanhamento contínuo e a revisão regular dos medicamentos são essenciais para minimizar os riscos de efeitos adversos e interações medicamentosas, garantindo um envelhecimento mais saudável e com melhor qualidade de vida para os idosos.