Abstract
Este trabalho trata do poder e de como ele é exercido através da comunicação de massa, utilizada pelas classes dominantes e Estados como Aparelhos Ideológicos. Através deste conceito iniciamos uma discussão da relação entre poder, classe dominante e ideologia, com base nos pensamentos de, Gramsci, Adorno e Horkheimer, Althusser e Bourdieu. Buscamos assim reunir neste artigo alguns aspectos sobre esta relação entre o exercício do poder e comunicação de massa, traçando para isso um caminho que vai das ideologias à sua transmissão por meio da comunicação de massa, aqui entendida por meio do conceito althusseriano de Aparelho Ideológico do Estado, e da noção de Indústria Cultural de Adorno e Horkheimer.
Highlights
Desde o início da década de 1990, quando a poeira da queda do Muro de Berlim começa de fato a baixar, podemos perceber dois movimentos antagônicos nos estudos sobre comunicação no mundo ocidental: saem de cena os trabalhos que relacionam diretamente comunicação de massas e os serviços que o aparelho da comunicação prestam às classes dominantes - e aqui colocado de modo mais explícito aos governos totalitários - e avolumam-se os trabalhos que colocam a comunicação dentro de uma perspectiva democrática
Tal migração de eixo teórico refletiu as próprias mudanças do mundo nas duas últimas décadas: fim da União Soviética, último regime anti-democrático ocidental e surgimento de novas mídias, em especial da internet e mais recentemente das mídias móveis - ou simplificando esta explicação, celulares e afins - que aliam imagem, som e conectividade à rede em tempo real e em qualquer local
Como vimos não há conhecimento neutro, pois todo saber está subordinado aos interesses de uma classe
Summary
Desde o início da década de 1990, quando a poeira da queda do Muro de Berlim começa de fato a baixar, podemos perceber dois movimentos antagônicos nos estudos sobre comunicação no mundo ocidental: saem de cena os trabalhos que relacionam diretamente comunicação de massas e os serviços que o aparelho da comunicação prestam às classes dominantes - e aqui colocado de modo mais explícito aos governos totalitários - e avolumam-se os trabalhos que colocam a comunicação dentro de uma perspectiva democrática. Ao mesmo tempo em que o neoliberalismo, ou para não repetirmos este termo já tão desgastado, o liberalismo econômico permite que surjam diferentes mídias e veículos que se enquadram nas relações de produção e consumo - ou seja, movimentam as engrenagens da economia, o sistema estimula, por uma questão de concentração de capital e economia de escala, a formação de grandes conglomerados de comunicação; verdadeiras holdings que embora englobem, diferentes mídias O que queremos dizer aqui é que, embora a comunicação tenha efetivamente se democratizado nas últimas décadas - dentre de uma perspectiva neoliberal de democracia - e que realmente esteja contribuindo para observar criticamente os governos instituídos, trocar saberes e entreter-se fora do mainstream, existe nas mídias contemporâneas possibilidades de controle que, se radicalizadas, aniquilariam sua proposta democrática. Neste caso público entrega às mídias sua confiança e audiência em troca da promessa de consumo e ajustamento social que estas apresentam
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