PLATAFORMAS DIGITAIS DE EXERCÍCIO, ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO NA PANDEMIA DE COVID-19

Abstract

Introdução: A pandemia de Covid-19 promoveu o isolamento social e a consequente redução da atividade física moderada e vigorosa (AFMV) e aumento do comportamento sedentário (CS). Como estratégia para alterar tais alterações na AFMV e CS, as plataformas digitais para exercícios (PDE) tornaram-se mais populares durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Verificar se houve diferenças na atividade física (tempo de caminhada e AFMV) e CS (dias de semana, de final de semana e toda semana) entre mulheres que usaram PDE ou que não usaram (Sem PDE) durante a pandemia. Métodos: Esta pesquisa foi um estudo transversal. Mulheres maiores de 18 anos de todas as regiões do Brasil e todas as unidades federativas foram convidadas a participar deste estudo por meio de link enviado via e-mail e redes sociais. A participação ocorreu por meio do preenchimento dos questionários online [Características Demográficas, atividade física e CS (Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ)]. O IPAQ é uma ferramenta amplamente utilizada e validada para a população brasileira e apresenta altas correlações com medidas diretas de atividade física. Resultados: Responderam ao questionário 2.385 mulheres (predominância de mulheres solteiras, ensino superior incompleto e renda mensal <US$450). Nosso principal achado foi que o grupo PDE durante a pandemia de COVID-19 teve mais (p<0,0001) tempo de caminhada (minutos por semana) [PDE: 90 (30-180) vs. sem PDE: 40 (0-120), e AFMV [PDE: 180 (60-420) vs. sem PDE: 100 (0-320). Além disso, diferenças (p<0,0001) no CS durante a semana (horas por dia) [PDE: 5 (2-7) vs. sem PDE: 6 (3-8)], CS no final de semana [PDE: 5 (2 -8) vs. sem PDE: 6 (3-9)] e CS toda a semana [PDE: 5 (3-7) vs. sem PDE: 6 (4-9)]. Conclusões: Nossos resultados indicam que as mulheres que utilizam PDE apresentam maiores níveis de atividade física e menores CS do que aquelas que não o fazem.