Abstract
Objetivo: A disfagia orofaríngea é uma condição clínica de alta prevalência e impacto na qualidade de vida da população, dessa maneira, o presente trabalho objetivou elaborar qual o perfil desse paciente atendido no ambulatório do Hospital Universitário Onofre Lopes. Metodologia: O estudo avaliou cinquenta e nove pacientes por meio de anamnese e aplicação do Índice de Desvantagem da Disfagia (DHI), associados a videoendoscopia da deglutição (VED) de modo a determinar o grau de disfagia desses indivíduos e classificá-los segundo os critérios de Macedo e Filho, escala de Yale para presença de resíduos alimentares, parâmetro de Souza para escape oral posterior e escala FOIS. Resultados: Obteve-se que engasgo, tosse e entalo foram os sinais e sintomas mais presentes nos sujeitos. Escape oral posterior, presença de resíduos em valéculas e recessos piriformes foram os achados de maior frequência na VED. A maior parte dos pacientes obteve classificação FOIS 5, seguida de FOIS 7. Além disso, observou-se correlação entre o valor DHI total e a classificação FOIS, de modo que aquele é capaz de predizer em 16% este. Por fim, constatou-se diferença nas médias dos DHI totais para as disfagias leve e grave. Conclusão: Para a população estudada, identificamos engasgo como sintoma mais frequente, escape oral posterior como achado da VED mais observado e predição do DHI para a FOIS em 16%.
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