Abstract

Este estudo teve como objetivo analisar a atribuição diferenciada de emoções e traços a três alvos (Brasileiros, brancos e negros) e a partir dos achados discutir alguns aspectos teóricos e metodológicos da infra-humanização dos grupos sociais. Participaram do estudo 164 estudantes universitários de Maceió, Alagoas, com idades entre 18 e 41 anos (Média = 20,64; DP = 3,88). Os estudantes responderam às escalas de atribuição diferenciada de emoções (PALADINO ET AL., 2000) e de traços (MOSCOVICI & PEREZ, 1999). Os principais resultados endossam parcialmente a infra-humanização dos negros e o favorecimento endogrupal ou do grupo majoritário. As peculiares da infra-humanização no contexto desta pesquisa são discutidas através do papel das normas sociais no estudo de atitudes antinormativas.

Highlights

  • The aim of this study was to analyze the differentiated attribution of emotions and traits to three groups (Brazilian, white and black) and from the findings discuss some theoretical and methodological aspects of the infra-humanization of social groups

  • Nas últimas décadas os estudos sobre julgamento social e percepção de diferenças entre grupos têm sido realizados sob diversas perspectivas (RUTLAND & KILLEN., 2015; ET AL., 2014; LEYENS & VALA, 2016)

  • Em relação ao alvo “negros”, estima-se a infra-humanização por meio da negação de atributos superiores ou por meio da atribuição de emoções e traços inferiores

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Summary

INTRODUÇÃO

O interesse em estudar a percepção de diferenças intergrupais em uma perspectiva psicossociológica é remetido à data relativamente próxima à fundação da disciplina de psicologia social. Katz e Braly (1933) construíram uma lista com 84 atributos dirigidos a dez grupos distintos (alemães, americanos, ingleses, chineses, italianos, irlandeses, turcos, japoneses, judeus e negros), requisitando dos participantes do estudo que selecionassem os traços mais típicos para os caracterizar. As pessoas não julgam os grupos com base em verdades, mas com base no que é socialmente disseminado, expressando inclusive, um elevado índice de preconceito. Relações sociais (CABECINHAS, 2002), uma vez que as particularidades dos grupos e das pessoas são excluídas, sendo o processo de homogeinização automaticamente acionado. Nas últimas décadas os estudos sobre julgamento social e percepção de diferenças entre grupos têm sido realizados sob diversas perspectivas (RUTLAND & KILLEN., 2015; ET AL., 2014; LEYENS & VALA, 2016). Duas delas serão discutidas, (1) atribuição diferenciada de emoções e (2) atribuição diferenciada de traços

ATRIBUIÇÃO DIFERENCIADA DE EMOÇÕES
ATRIBUIÇÃO DIFERENCIADA DE TRAÇOS
MÉTODO
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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