Abstract
Conhecer a percepção da equipe de enfermagem sobre o Brinquedo Terapêutico (BT) no cuidado de Enfermagem na hospitalização pediátrica. Estudo descritivo, qualitativo, realizado na Clínica Pediátrica de um Hospital Universitário, do Nordeste Brasileiro. Foram entrevistados 19 profissionais da equipe de enfermagem, no período de setembro a dezembro de 2019 e as falas vistas segundo à análise de conteúdo. Os profissionais de enfermagem mostraram-se sensíveis aos aspectos negativos da hospitalização pediátrica e reconhecem a importância de meios para diminuição desse sofrimento, e apontam como significativo o uso do brinquedo. No entanto, quando indagados quanto ao recurso do BT no processo de cuidado, a percepção difere da sua finalidade e tipos. Os profissionais ainda desconhecem as legislações a respeito do BT, mas ao compartilhar em suas falas experiências de cuidado verifica-se que algumas práticas se aproximam das finalidades do BT. O uso do brinquedo terapêutico no hospital ainda é visto como dissociado do cuidado de enfermagem, mostrando a necessidade de estudos sobre o tema e capacitações e sensibilizações para os profissionais, promovendo a reflexão crítica acerca da prática da equipe de enfermagem frente a esta tecnologia em saúde.
Highlights
Resumo Conhecer a percepção da equipe de enfermagem sobre o Brinquedo Terapêutico (BT) no cuidado de Enfermagem na hospitalização pediátrica
Se entrevistó a 19 profesionales del equipo de enfermería, de septiembre a diciembre de 2019 y se vieron las declaraciones según el análisis de contenido
Los profesionales de enfermería fueron sensibles a los aspectos negativos de la hospitalización pediátrica y reconocen la importancia de los medios para reducir este sufrimiento, y señalan que el uso de juguetes es significativo
Summary
A hospitalização representa para a criança uma situação delicada a ser vivenciada. Durante este processo ela passa a conviver com diversos fatores que provocam estresse e angústia para si e seus acompanhantes, como um ambiente desconhecido, longe do convívio familiar, dos amigos, das brincadeiras e da escola. Dentre esses recursos destacam-se o brincar livre e a brincadeira, que tornam a hospitalização menos traumática, possibilitando que a criança entre no seu universo infantil, e consequentemente estreitam o vínculo entre profissional, criança e família, proporcionado a dissociação da imagem do enfermeiro apenas a procedimentos dolorosos, bastante frequentes nesse processo (Depianti, Melo,Ribeiro, 2018). Técnica que perpassa o campo do brincar para a criança, mas que se apresenta de modo sistematizado denominado Brinquedo Terapêutico (BT), abordado na literatura como um recurso útil para diminuição da ansiedade decorrente de situações ameaçadoras e atípicas, e que deve ser implementado sempre que a criança tenha necessidade de entender e lidar com experiências, como por exemplo, durante a hospitalização (Almeida, 2019). A partir disto, esta investigação tem por objetivo conhecer a percepção da equipe de enfermagem sobre o Brinquedo Terapêutico (BT) durante a hospitalização pediátrica, norteada pelo seguinte questionamento: qual é a percepção da equipe de enfermagem acerca do brinquedo terapêutico para na hospitalização pediátrica?
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