Abstract

O artigo objetiva analisar os percalços e desafios enfrentados por professoras e professores para o exercício da profissão docente no meio rural entre as décadas de 1980 a 1990 em Ariquemes – RO, região Norte do Brasil. Entre as indagações destacamos: de que modo o magistério rural estava organizado em termos de carreira e grau de instrução de professoras e professores? Quais as atribuições das professoras e professores nos cotidianos das escolas rurais? Em termos metodológicos utilizamos fontes históricas diversas, entre elas declarações; discursos governamentais e fontes orais coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas com professoras e professoras que exerceram e/ou ainda exercem o magistério no meio rural. Compreende-se a partir da investigação que o ingresso na carreira docente ocorria por meio de indicação da comunidade e que a prática docente nas escolas rurais eram de modo multisseriado. As quatro primeiras séries do primeiro grau dividiam o mesmo espaço da escola e as professoras e professores rurais enfrentavam várias dificuldades, alguma delas: percorrer longínquas distâncias para lecionar, tripla e quádrupla função, entre outras funções. Por estes artifícios as professoras e professores representavam o modelo social do intelectual cidadão e lecionar nas escolas rurais não representava um serviço, tampouco uma inserção no mercado de trabalho, mas uma ajuda a sua própria comunidade.

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