Abstract

O presente artigo parte da problemática subjacente à associação do brincar ao salvacionismo dos problemas da educação, no que tange, por exemplo, à melhoria do desempenho dos estudantes ou ao aumento do seu interesse pela escola, reduzindo a resolução disso a uma questão de método. O estudo busca compreender, nesse sentido, o lugar do brincar nas concepções pedagógicas contemporâneas, apresentando seus encontros e desencontros com uma concepção histórico-social de ludicidade. Numa abordagem qualitativa, lança mão da pesquisa bibliográfica e documental, sendo, neste último caso, a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), enquanto no primeiro, em diálogo com autores que discutem as concepções pedagógicas contemporâneas. A conclusão aponta que, no contexto do neoprodutivismo, o brincar adquire um significado pragmatista e utilitarista, expressos na BNCC, numa perspectiva de mascaramento, contraposta à concepção histórico-social, a qual tem em vista um brincar para o desvelamento e para a consciência histórica das relações sociais, numa perspectiva de totalidade.

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