Abstract

A partir dos conceitos freirianos de diálogo e empoderamento, o artigo discute como a leitura literária coletiva, por jovens socialmente vulneráveis, pode se constituir em educação como prática libertadora. O estudo teórico conceitual percorre três questões norteadoras. Os achados indicam que o fato de que os/as adolescentes das periferias estão mais vulneráveis a formas de preconceito, violência, bem como aos impactos negativos de políticas públicas ineficientes indica que se libertar dessa realidade implica um processo de construção e reconstrução da consciência coletiva. Quando leem, os/as adolescentes passam a ter condições de buscar autonomia, emancipação, autoafirmação e, sobretudo, promoção de seus saberes, pois a leitura permite um diálogo entre leitores/as, personagens literários e a materialidade histórica que os/as entorna. A leitura literária coletiva, dialógica, não prescritiva e fruidora apresenta condições favoráveis ao empoderamento do grupo, pois se constitui em prática crítica e reflexiva, através do pleno exercício da linguagem, que se converte em práticas sociais libertadoras. Desta forma, propor círculos de leituras aos/às jovens pode, além de formá-los/as crítica e reflexivamente, torná-los/as multiplicadores/as dessa práxis, ampliando a prática de leitura literária a um grupo cada vez maior de jovens.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.