Abstract

O presente artigo se dedica a reconstruir os principais momentos do debate sobre patrimonialismo no Brasil até os dias atuais e a pensar criticamente seus limites. Ele se inicia com o que chamo de discussão “clássica” sobre patrimonialismo no Brasil, que vai desde os ensaístas sociais da década de 1930 até discussões dos anos 1970 e começo dos 1980. Na sequência, trato de releituras sobre o tema do patrimonialismo que tiveram lugar nas últimas duas décadas. No próximo passo, mostro em que medida as críticas de Maria Sylvia de Carvalho Franco e Jessé Souza ao uso do conceito de patrimonialismo não conseguem transcender o terreno do debate em torno da “recepção equivocada” de Weber no Brasil. Em seguida, mostro como a leitura que Jessé Souza faz de Weber, influenciada pelas correntes das modernidades alternativas e modernidades múltiplas, impede que o autor brasileiro tenha uma visão mais alargada da modernidade que a veja como constituída de forma simultânea no centro e na periferias globais. Por fim, a partir do debate brasileiro sobre o patrimonialismo, esboço elementos de tal visão da modernidade.

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