Abstract

O patrimônio enquanto prática social de construção e presentificação de identidades coletivas que expressam interesses individuais, coletivos e públicos, vêm ao longo dos anos sendo repensado e reorganizado a partir de disputas que intervém na história, na memória e nos seus diversos sentidos, que vão sendo construídos política, economica e socialmente. Esse artigo tem o intuito de contribuir sobre as acepções teórico-metodológicas, que os diversos campos do saber vêm somando na reflexão, apreensão e relativização das percepções do campo “patrimônio histórico e cultural” enquanto forma de aplicação conceitual e crítica social, a fim de ampliar os mais variados métodos e teorias sobre os “usos” do patrimônio como ferramenta de patrimonialização, conscientização e mesmo ampliação das relações do patrimônio com a sociedade. No Brasil, as discussões permeiam as áreas de Arquitetura, História, Antropologia, Direito e Turismo, sendo mais salientes em determinados ramos por conta de sua apropriação. Como prática, indiferente das temáticas, repercute os anseios e experiências locais, regionais e nacionais, ao passo em que sinalizam os deslocamentos conceituais entre memória e valorização temporal, urge o desafio interdisciplinar que tangencia todas as discussões, dessa forma, pretende-se por meio da revisão conceitual, abordar as relações entre os diversos campos do saber que vem se prontificando a promover o debate acerca do uso e conceito do patrimônio.

Highlights

  • Resumo: O patrimônio enquanto prática social de construção e presentificação de identidades coletivas que expressam interesses individuais, coletivos e públicos vem, ao longo dos anos, sendo repensado e reorganizado a partir de disputas que intervêm na história, na memória e nos seus diversos sentidos, que vão sendo construídos política, econômica e socialmente

  • [...] a relação entre as comunidades atuais e as do passado se dá por meio da seleção e da recriação de aspectos da memória, de traços emblemáticos capazes de atuar como sinais externos de reconhecimento [...] é através da manipulação de determinados objetos, artefatos, performances relacionados à cultura pastoril que se obtém recursos para a ação: a cultura material e seus aspectos ideológicos são ressignificados e passam a deter um valor de extrema importância na delimitação das fronteiras identitárias, bem como para a constituição dos projetos políticos dos atores envolvidos com o processo de patrimonialização do pastoreio (SILVEIRA; BUENDIA, 2011, p. 166)

  • Os discursos sobre o patrimônio cultural se baseiam, então, em narrativas históricas ou antropológicas sobre a memória e a identidade nacionais ou locais, ou seja, em narrativas referentes a sujeitos, tempos e eventos e personagens históricos que corroboram a formação de valores que constroem a identidade em diferentes níveis, mas ainda assim imbuídas de mitos e alegorias que dão forma aos objetos e sentidos valorativos

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Summary

Introduction

Resumo: O patrimônio enquanto prática social de construção e presentificação de identidades coletivas que expressam interesses individuais, coletivos e públicos vem, ao longo dos anos, sendo repensado e reorganizado a partir de disputas que intervêm na história, na memória e nos seus diversos sentidos, que vão sendo construídos política, econômica e socialmente.

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