Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura populacional de ovinos da raça Santa Inês criados no Brasil. Foram utilizados dados de pedigree de 13.216 animais, pertencentes a 53 rebanhos de oito estados brasileiros, nascidos no período de 1976 a 2010. O programa Endog foi utilizado para análise do pedigree e estimação dos parâmetros populacionais. Do total de animais estudados, 80,86% apresentaram pedigree na primeira ascendência, 73,78% na segunda e 67,75% na terceira. O número máximo de gerações conhecidas foi de 19, e a média de gerações equivalentes foi de 4,67. A média do intervalo de gerações foi de 3,22±1,77 anos. O tamanho efetivo da população apresentou média de 172,5 animais. O número de animais fundadores foi 829, mas o número efetivo de fundadores foi apenas 50. Os 17 principais ancestrais explicaram 50% da variabilidade genética total. O coeficiente médio de relação foi de 3,87% e o de endogamia, de 6,92%. Apesar do satisfatório coeficiente médio de endogamia nas últimas gerações, este coeficiente requer monitoramento por sua proximidade do limite recomendável. O fluxo de genes entre os rebanhos é o principal fator para o aumento do tamanho efetivo e a manutenção da variabilidade genética da raça Santa Inês.
Highlights
A análise genealógica fornece informações a respeito da história e da estrutura genética das raças, bem como sobre a evolução da variabilidade demográfica e genética da população (Goyache et al, 2010)
O número efetivo de ancestrais, que representa o número mínimo de animais necessários para explicar a diversidade genética total da população estudada, foi estimado pela equação: em que fa é o número efetivo de ancestrais e qj é a contribuição marginal de um ancestral j
Da endogamia que aqueles relatados em ovinos da raça Mallorquina, cujo número efetivo de rebanhos que forneceram reprodutores para as três primeiras gerações representou 18,72, 8,09 e 7,87% do número total de rebanhos (Goyache et al, 2010)
Summary
Milton Rezende Teixeira Neto(1), Jurandir Ferreira da Cruz(2), Paulo Luiz Souza Carneiro(3), Carlos Henrique Mendes Malhado(3) e Helder Henrique Neves Faria(2). Foram utilizados dados de pedigree de 13.216 animais, pertencentes a 53 rebanhos de oito estados brasileiros, nascidos no período de 1976 a 2010. O programa Endog foi utilizado para análise do pedigree e estimação dos parâmetros populacionais. A média do intervalo de gerações foi de 3,22±1,77 anos. O tamanho efetivo da população apresentou média de 172,5 animais. O número de animais fundadores foi 829, mas o número efetivo de fundadores foi apenas 50. Os 17 principais ancestrais explicaram 50% da variabilidade genética total. O coeficiente médio de relação foi de 3,87% e o de endogamia, de 6,92%. O fluxo de genes entre os rebanhos é o principal fator para o aumento do tamanho efetivo e a manutenção da variabilidade genética da raça Santa Inês. Termos para indexação: ancestrais, endogamia, fundadores, pedigree, variabilidade genética
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