Abstract

O presente artigo faz parte de uma pesquisa-formação que aconteceu na Escola de Arte e Tecnologia Spectaculu, no ano de 2016, com 29 estudantes de Fotografia e Tratamento de Imagem, na disciplina “Olhar”, que possui o objetivo de potencializar suas experiências estéticas. A metodologia de pesquisa-formação (MACEDO, 2000; JOSSO, 2004; SANTOS, 2002) se desempenha de forma criativa, buscando se debruçar sobre a experiência educativa para produção de novos conhecimentos e abordagens. E, nesse encontro, o termo ‘tombamento’ ficou cada vez mais evidente, a partir de um dispositivo usado em sala de aula, chamado ‘Autorretrato Musical’, que se trata de uma autoimagem conectada a uma música. O processo deste dispositivo se divide basicamente em três etapas: desenho de si e escrita de suas redes de formação; falar sobre si e escutar o outro; criação e produção da autoimagem sonora. O objetivo deste artigo, portanto, visa tratar sobre essa experiência, transando relações da noção de ‘tombamento’ com efeitos de presença e sentido debatidos pelo autor contemporâneo Gumbrecht (2010). Conclui-se que o ‘tombamento’ é um manifesto ético-estético em si, ou seja, no próprio corpo da geração contemporânea, composta por uma juventude ‘afrontosa’, que se formou na/com a periferia e a internet, criando novas narrativas e referências para os seus e ganhando novos espaços de ação, que foram apropriados pelas mídias massivas e alvo de muitas críticas. Mas, para vivencia educativa e para pesquisa formativa, o processo de criação de si e a reinvenção das formas de fazer são combustíveis indispensáveis.

Highlights

  • This article is part of a research-training that took place at the Spectaculu School of Art and Technology in 2016, with 29 students of Photography and Image Treatment in the discipline "Olhar" (View), whose objective is to enhance their aesthetic experiences

  • Edméa Oliveira dos Santos e Carina D‟Ávila só bidimensional, mas é também sonora

  • E, dessa maneira, propusemo-nos a entender os usos que essa geração faz das novas tecnologias, como um canal de acesso não a informações, mas a essa sensação de memória viva da sua ancestralidade em si, os códigos atravessando os tempos, existindo por diversas mãos nesse mundo contemporâneo, travestidos digitalmente e com pés descalços na rua (ver autorretrato da Danieli Machado)

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Summary

Autorretrato Musical

Convocamos vocês, cara leitora e caro leitor, a conhecer, antes de seguir leitura, através do QRcode contido na imagem anterior, a exposição “Autorretrato Musical”, que tem como texto release:. Apesar de vivermos o fervor dos „selfies‟, produzir uma só imagem que fale sobre si foi desafiante para cada estudante dos cursos de Tratamento de Imagem e Fotografia. Os estudantes tiveram a liberdade para criar, planejar uma grande ou pequena produção, mas o mais importante era que eles conseguissem expressar o que eles são, ou estão, suas potencialidades, criações, personalidades que os tornam pessoas únicas e especiais. A ideia é que cada pessoa que visite a exposição decodifique o código QR que a levará para música, a qual foi obra prima de cada trabalho. Com intuito de brincar com os sons e imagens, todas as músicas que foram matéria para cada trabalho e que estarão nos fones de ouvido de cada pessoa, estarão tocando no ambiente.

Metodologia de pesquisa-formação na cibercultura
O dispositivo6 “Autorretrato Musical”
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