Abstract

Muito do conhecimento que possuímos atualmente sobre o comportamento do sistema terrestre é proveniente de simulação numérica. Isso se deve ao fato de soluções analíticas para as equações de governo do sistema serem inexistentes, para casos de interesse prático, e dos dados observacionais disponíveis serem esparsos e irregularmente distribuídos no planeta. Em conjunto, essas restrições praticamente impedem investigações por meios analíticos e observacionais nos tempos atuais, obrigando os pesquisadores a recorrer à modelagem computacional. Contudo, simulações numéricas são apenas tão boas quanto o modelo matemático e os dados de entrada utilizados. Por isso, é importante compreender o processo através do qual a dinâmica atmosférica é representada computacionalmente, quais seus limites e quais as suas restrições. Este é um texto introdutório destinado a revisar conceitos importantes de simulação numérica da atmosfera. Ele começa descrevendo resumidamente os programas de computador utilizados para este fim, depois prossegue apresentando o conhecimento atual sobre a influência de grandes corpos de água sobre a baixa atmosfera, parte dele baseados em simulação. Termina realizando um estudo de caso para ilustrar os limites atuais da simulação de alta resolução aplicada ao reservatório de uma grande usina hidroelétrica brasileira.

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