Abstract
Vive-se hodiernamente um contexto com inúmeros conflitos ideológicos diante da temática migratória, não em seu sentido reducionista, mas na abordagem essencialmente ampla da ideologia predominante. O caráter desigual presente na distribuição das riquezas mundiais, somado aos numerosos conflitos armados e mudanças climáticas, gera um constante fenômeno migratório, onde pessoas passam a buscar novos lares, novos empregos e, sobretudo, uma vida digna. Ocorre, no entanto, que a narrativa desse fenômeno sempre se dá a partir de uma ótica masculina e eurocentrada e raramente com um foco na mulher, reforçando uma invisibilidade habitualmente experimentada pelo gênero feminino, fato este que se intensifica quando se acrescenta a negritude. Desta forma, após analisar o projeto Vidas Refugiadas e tendo por base o estudo “Perfil Socioeconômico dos Refugiados no Brasil”, pergunta-se: em que medida do projeto Vidas Refugiadas reflete a realidade dos processo migratórios de mulheres negras no brasil?
Highlights
O progressivo aumento no número de refugiados ao redor do mundo, devido a conflitos armados, inconstâncias climáticas, perseguições religiosas e outras variantes, tem intensificado o interesse no que concerne ao debate sobre migrações
The unequal character present in the distribution of world wealth, added to the numerous armed conflicts and climate change, generates a constant migratory phenomenon, where people start looking for new homes, new jobs and, above all, a decent life. The narrative of this phenomenon always takes place from a male and Eurocentered point of view and rarely with a focus on women, reinforcing an invisibility usually experienced by females, a fact that intensifies when blackness is added
Following analysis of the Refugee Lives project and based on the study “Socioeconomic Profile of Refugees in Brazil”, the question is: in what media of the Refugee Lives project does it reflect the reality of migratory processes of black women in Brazil?
Summary
Uma Análise A Partir Do Projeto “Vidas Refugiadas” E Do Estudo “Perfil Socioeconômico Dos Refugiados No Brasil”. O imigrante forja uma nova realidade, buscando um novo território que lhe traga a possibilidade de vida digna. A migração é uma realidade posta e ao menos por hora irreversível, contudo, o foco das políticas públicas é a efetiva inclusão desses imigrantes, forçados a viver na clandestinidade (Redin, 2013, p,41). Analisar a questão do refúgio das mulheres - em sentido lato sensu - no Brasil não é tarefa fácil, posto que são escassos os relatórios acerca da temática. O “Vidas Refugiadas”, surge justamente no contexto do refúgio feminino, problematizando e denunciando a possibilidade de evidência de um processo de anulação da mulher refugiada, tendo em vista que a condição dessas mulheres lhes limita o acesso a direitos, provoca uma perigosa repetição das violações já experienciadas e amplia o seu processo de aculturação e consequente exclusão social (Vidas Refugiadas, 2019, s.p).
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