Abstract
A música angolana enquanto repertório de resistência ao sistema colonial beneficiou da trajetória europeia de alguns dos seus intérpretes. Neste artigo questiona-se a não inclusão destes artistas como cantores de Abril, o seu não reconhecimento na memória historiográfica do período que permeia a Revolução dos Cravos. Exploram-se possíveis explicações para isso, cotejando as memórias e o passado dos músicos com o tratamento conferido às figuras mais influentes das culturas portuguesa e angolana nos dicionários sobre o Estado Novo e o 25 de Abril. Identificam-se, além das causas possíveis para estas ausências, o pensamento eurocêntrico que subjaz a algumas das presenças, e contra-argumenta-se no sentido da razoabilidade da sua inclusão dentro das categorias associadas à música de protesto.
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