Abstract

The Lusiad; or, The Discovery of India, a tradução de Os lusíadas de Camões feita pelo poeta escocês William Julius Mickle, publicada na Inglaterra em 1776, fez sucesso em sua época e no século que se seguiu, sendo até hoje a mais lida e citada entre todas as traduções poéticas de Os lusíadas para o inglês. Este artigo procura demonstrar que a tradução de Mickle (e os elementos paratextuais que a acompanham) são uma reencenação da teoria medieval da translatio studii et imperii (a transferência não apenas do poder imperial, mas também do conhecimento e da cultura do leste para o oeste). Mickle adaptou a epopeia camoniana para o público britânico do final do século XVIII, rotulou-a como "A Epopeia do Comércio" e acrescentou paratextos de cunho ideológico. Manipulando o poema original tanto poética quanto ideologicamente, Mickle transformou Os lusíadas em uma narrativa a serviço do Império Britânico e contribuiu, como outros "poetas do comércio" que celebraram o crescimento da riqueza e poder da Grã-Bretanha, para forjar uma identidade poética e cultural para o Império Britânico.

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