Abstract
Novos sujeitos sociais e novas configurações familiares emergem na sociedade contemporânea, entre as quais os LGBTQ+, suas uniões e sua luta por cidadania. Mais e mais, eles se visibilizam também nas comunidades cristãs. Para se refletir sobre esta realidade e buscar caminhos pastorais para sua melhor inclusão e integração, são de grande valia as contribuições do pontificado de Francisco. Ele se empenha por uma Igreja em saída, que vá às periferias existenciais. Traz novos matizes no ensinamento da Igreja, seguindo a linha do Concílio Vaticano II, sobre a liberdade e a autonomia da consciência, a evolução da doutrina e a hierarquia de verdades. Ele convocou o sínodo dos bispos sobre a família, publicou uma exortação pós-sinodal sobre isto, autorizou a bênção de uniões homoafetivas, o batismo de seus filhos e de pessoas transgênero, deu exemplos marcantes na linha do acolhimento e dá alguns passos na mudança doutrinária. As palavras e os gestos do papa abrem caminhos promissores na complexa relação entre a Igreja, as pessoas LGBTQ+, suas demandas e suas uniões.
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