Abstract

O projeto ROSE (The Relevance of Science Education) busca compreender dados atitudinais e emocionais de jovens acerca da Ciência e Tecnologia a partir de dados coletados em um questionário já aplicado em mais de 40 países. Os resultados do ROSE-Brasil mostraram que os jovens apresentam um alto interesse pela disciplina ciências, mas que gostam mais de outras disciplinas. Este artigo tenta compreender como os jovens brasileiros se comportam frente à essa divergência ao redor do interesse e da preferência pela disciplina de ciências. Para alcançar nosso objetivo utilizamos os dados brutos da amostra ROSE-Brasil 2011, e nos valeremos de métodos de análises estatísticas. Os jovens brasileiros dividem-se em quatro grupos: Prioridade não específica (3,98%), esse grupo não tem interesse pelas aulas de ciências, mas prefere a disciplina a outras; Baixa prioridade (20,26%), não possuem nem interesse, nem preferência pela disciplina ciências; Prioridade específica (30,6%) possuem interesse e preferem a disciplina ciências a outras; Outras prioridades (45,14%) grupo mais expressivo encontram-se os jovens que têm interesse mas não preferem a disciplina ciências. Desses grupos três são mais representativos da realidade dos jovens brasileiros, tornando relevante investigar as diferenças entre os interesses e hábitos ligados à ciência e tecnologia dos jovens de cada grupo para subsidiar a criação de estratégias que tornem o ensino de ciências mais atrativo.

Highlights

  • Em muitos países percebe-se um crescente desinteresse pela ciência escolar e pela carreira científica (Schreiner & Sjøberg, 2004; SJøberg, 2004; Jenkins & Nelson, 2005; Matthews, 2007; Vázques & Manassero, 2008)

  • Os jovens brasileiros reconhecem os esforços dos professores de ciência em mediar a aprendizagem (INEP, 2016), assim como veem na imagem dos professores uma fonte de informação confiável com quem podem conversar sobre Ciência & Tecnologia (C&T) (INCT-CPCT, 2019)

  • Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, 5(3), 274-292

Read more

Summary

Introdução

Em muitos países percebe-se um crescente desinteresse pela ciência escolar e pela carreira científica (Schreiner & Sjøberg, 2004; SJøberg, 2004; Jenkins & Nelson, 2005; Matthews, 2007; Vázques & Manassero, 2008). Outra fonte que corrobora estas atitudes positivas dos jovens brasileiros em relação à ciência é o questionário ROSE Brasil aplicado em 2011 por Santos-Gouw (2013). Ogawa e Shimode (2004) apresentam que os jovens japoneses possuem essa mesma divergência entre ter interesse nas aulas de ciências, mas não considerar a disciplina de ciência como sua preferida. Como podemos observar nos dados trazidos por Santos-Gouw (2013), os nossos jovens possuem um alto interesse na disciplina sendo sua média muito superior a 2,51, já quando questionados sobre gostar mais da disciplina em relação a outras, essa média fica abaixo de 2,5 o que demonstra uma baixa preferência pela disciplina. Com isso objetivamos entender o comportamento dos jovens brasileiros em relação às suas preferências pela disciplina de ciências

Metodologia
Resultados e Discussão
Findings
Considerações Finais
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call