Abstract

O fim da II Guerra Mundial institui uma nova estrutura geopolítica nas relações internacionais, modificando também a dinâmica dessas relações na África Austral, por efeitos da mudança de abordagem que os países europeus tiveram para com os países da região africana e, também, em virtude da aceleração dos processos de libertação dos povos africanos. Tal cenário contribuiu para uma modificação nos processos migratórios dessa época, que ainda apresenta impactos na atual dinâmica das migrações na África do Sul (RAS). A presente pesquisa busca investigar os processos migratórios ocorridos durante o período de 1960 ao início dos anos 2000. Logo, investiga-se sobre a influência da disputa bipolar da Guerra Fria e dos reflexos que o desenvolvimento capitalista periférico da África do Sul teve para os processos de migração do país. Atualmente, esse Estado destaca-se como liderança política e econômica na região, sendo destino de muitas migrações. Todavia, parte desse prestígio apresenta bases ligadas ao violento regime do Apartheid, cujo “desenvolvimento separado” implicou na desigualdade social atualmente encontrada no país, que, por sua vez, impactara na dinâmica das migrações. Desta forma, na busca por facilitar o desenvolver desta investigação e alcançar seus respectivos objetivos, este trabalho estrutura-se em três etapas. A primeira dedica-se a avaliar o contexto sistêmico e os impactos para a região. A seguir, avalia-se os movimentos migratórios na África Austral e suas relações com os movimentos de libertação africanos. Por fim,verifica-se em que medida o final da Guerra Fria afeta os processos migratórios na região. Conclui-se que os movimentos migratórios foram condicionados simultaneamente pelo aumento da pressão hegemônica que se estabelece principalmente a partir dos anos 1970, bem como pelas dinâmicas regionais derivadas da atuação subimperialista da África do Sul no período abordado. Com o final da Guerra Fria, o abandono estratégico por parte das Grandes Potências, permite uma política de aproximação entre os vizinhos, o que abre espaço para maior flexibilidade nas políticas migratórias.

Highlights

  • The end of World War II instituted a new geopolitical structure in international relations, changing the dynamics of these relations in Southern Africa, both by the change of European countries in relation to the countries of the region, and by the acceleration of the liberation processes of the African peoples

  • Even in the face of external isolation, the South African economy still depended on international trade, which represented around 50% of South African GDP in the period (Pereira, 2010)

  • With the end of the Mozambican conflict, it is estimated that around 20% of the population migrating to South Africa would return to their home country, while the rest would remain in South African territory, stimulated by the post-Apartheid context (Crush, 2008)

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Summary

Introduction

The end of World War II instituted a new geopolitical structure in international relations, changing the dynamics of these relations in Southern Africa, both by the change of European countries in relation to the countries of the region, and by the acceleration of the liberation processes of the African peoples. This scenario contributed to a change in the migratory processes of this period, still presenting impacts on the current migratory dynamics in South Africa (RSA). Part of this prestige has bases linked to the Apartheid regime, whose “separate development” implied a framework of social inequality, persisting to this day in the country

Objectives
Findings
Conclusion

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