Abstract

O presente artigo analisa alguns aspectos dos estudos empreendidos pelo crítico russo Boris Eikhenbaum sobre a obra de Mikhail Lérmontov – mais precisamente, a monografia de 1924, Liérmontov – Ópyt Istóriko-Literatúrnoi Otsiénki (“Lérmontov – Uma tentativa de avaliação histórico-literária”) e o artigo de 1941, Literatúrnaia pozítsiia Liérmontova (“A posição literária de Lérmontov”). Dado que a monografia de 1924 pertence à fase propriamente formalista de Eikhenbaum – quando ele buscava afirmar, com intenções claramente polêmicas, a autonomia constitutiva da obra de arte tanto em relação ao seu contexto quanto em relação à personalidade de seu autor –, e que o artigo de 1941, por sua vez, já consta no rol de suas obras tardias, nas quais a figura do autor ressurge como mediação entre a obra e o contexto histórico, procuraremos comparar os dois textos e, a despeito de sua flagrante distinção metodológica, observar como a conjunção entre as duas abordagens pode colaborar para um estudo integrado da obra de Lérmontov, em que constem tanto a análise textual quanto a contextualização histórica e em consonância com a moderna História da Cultura.

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