Abstract

A partir da década de 1980, a cultura escolar passou a ser foco dos debates sobre as necessidades urgentes de construção de uma escola capaz de abrigar a diversidade da população escolarizável do país, para enfrentar o fracasso escolar e resolver o problema do analfabetismo e das desigualdades de acesso aos bens culturais da humanidade. Entre as alternativas, a organização da escola por ciclos passou a ser uma das alternativas apresentadas pelas propostas mais ousadas de mudança dessa cultura. Este trabalho discute parte dessa questão, situando a seguinte pergunta: seria a mudança da organização do trabalho escolar da seriação para a escola ciclada a alternativa para o enfrentamento do fracasso escolar na escola pública? Tomamos por base as pesquisas realizadas junto à rede municipal de Belo Horizonte, nos processos de implantação e implementação do Projeto Político-Pedagógico Escola Plural, em palco desde 1995. A pesquisa que deu suporte a essas reflexões discute as experiências práticas de implementação da organização por ciclos nas escolas e as dificuldades e os desafios vividos diante das condições de trabalho numa rede que decidiu por alterar a organização do trabalho em todo o sistema de uma só vez.

Highlights

  • A partir da década de 1980, as contradições existentes no interior da cultura escolar passaram a ser tomadas como foco do problema do fracasso escolar e começou-se a discutir alternativas para o enfrentamento dos problemas da evasão e repetência, localizadas especificamente entre os alunos provenientes das camadas populares

  • sua decisão de construir uma escola pública que tenha competência diante da educação de crianças e jovens tradicionalmente excluídos do processo

  • Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 94, p. 43-49, ago. 1995

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Summary

Os ciclos de formação como alternativa para a inclusão escolar

Muito se tem discutido sobre a dimensão educativa específica da organização do trabalho escolar em suas diferentes formas; sabe-se que essas formas são definidoras de práticas que privilegiam determinados tipos de relação pedagógica e que definem o próprio currículo escolar e o projeto pedagógico da escola em si. Refletirei sobre parte desses problemas procurando responder às seguintes questões: seria a mudança da organização do trabalho escolar da seriação para a escola em ciclos uma alternativa adequada para o enfrentamento dos processos de escolarização das crianças e jovens da escola pública? Tomamos por base para essa discussão as pesquisas realizadas junto à rede municipal de Belo Horizonte nos processos de implantação e implementação do Projeto Político-Pedagógico Escola Plural.. Apresento um recorte desses dados, discutindo especificamente as questões relativas à concepção de ciclos de formação e o processo de adesão dos docentes a essa ideia e finalizo apresentando reflexões possíveis a partir das evidências apresentadas pelas pesquisas no campo

Os ciclos de formação na Escola Plural
Os dados
Os ciclos de formação ou a seriação?
Considerações finais
Referências bibliográficas
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