Abstract
A promoção da saúde, diferentemente da prevenção, não está voltada para resolução de um problema específico. Trata-se de ações que visam a manutenção da saúde, considerando as diferentes realidades, na busca por qualidade de vida. Marcos políticos, como a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a formulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais aproximaram as ações de promoção da saúde do ambiente escolar. O Programa Saúde na Escola, resultado de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação, busca a conexão desses setores. Mediante análise documental, o Ciclo de Políticas proposto por Ball e colaboradores, foi tomado como aporte teórico-metodológico para compreender o Contexto de Influência que esteve por trás da formulação do Programa. Os resultados apontam que as mudanças no conceito de saúde e da promoção de saúde, bem como o papel da escola foram os principais marcos que estiveram ligados à formulação desse Programa. Ele apresenta um discurso inovador, com a proposta de romper o caráter assistencialista e adotar o modelo da promoção da saúde no ambiente escolar, apostando na intersetorialidade. Nesse sentido, considera-se que o ambiente escolar é um espaço potente para se falar de saúde e forte aliado na aproximação com a comunidade, fronteira relevante no desenvolvimento de políticas públicas dessa natureza.
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