Abstract

Quando se pensa na proposta sartriana para uma teoria da alteridade em O Ser e o Nada, nossa atenção frequentemente se volta para sua famosa e original análise sobre “o olhar do outro”. O momento em que Sartre apresenta essa análise em sua obra se caracteriza por um esforço do autor para escapar do problema do solipsismo, sendo o desenvolvimento de uma “fenomenologia do olhar” apresentado como uma resposta decisiva para o problema. No entanto, os críticos de Sartre mostraram o que essa resposta tem de problemática, na medida em que privilegia o “ser-olhado” - dimensão adquirida através de uma metamorfose que o olhar do outro é capaz de provocar no sujeito -, como aquilo que garantiria uma efetiva relação de alteridade. Nesse trabalho, procuro retomar tais críticas a fim de evidenciar seus limites, para, em seguida, mudar o foco, trazendo à cena os “bastidores” do olhar que nos direcionam para uma saída contra o solipsismo.

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