Abstract
Investiga os significados da paranoia e de sua aplicação como categoria nosográfica. Apresenta o artigo de Juliano Moreira e Afrânio Peixoto "A paranoia e as síndromes paranoides", apontando a diferenciação que eles estabelecem entre esse constructo clínico e a demência precoce. Indica ainda que situar os limites diagnósticos da paranoia 'legítima' foi maneira de delimitar suas posições teóricas e seu alinhamento a Kraepelin, justificando a escolha da postura científica para tornar moderna a psiquiatria brasileira. Adicionalmente, discute aspectos da história conceitual da paranoia (suas relações com personalidade), quanto aos referenciais teóricos usados por aqueles autores brasileiros em seu artigo.
Highlights
Si El nombre es arquetipo de la cosa, En las letras de rosa está la rosa Y todo el Nilo en la palabra Nilo
É na extensa história das concepções médicas sobre os quadros delirantes, notadamente aquelas produzidas na Alemanha e na França durante o século XIX, que se insere a história da paranoia como entidade mórbida, que seria uma das figuras centrais na nosologia de Emil Kraepelin (1856-1926), posteriormente assimilada aos transtornos delirantes das classificações psiquiátricas internacionais vigentes (OMS, 2003; APA, 1994), que a apagaram da nomenclatura principal
Raça e sexualidade nas teorias psiquiátricas de Juliano Moreira
Summary
Recebido para publicação em março de 2010. Aprovado para publicação em setembro de 2010. Ordenando a babel psiquiátrica: Juliano Moreira, Afrânio Peixoto e a paranoia na nosografia de Kraepelin (Brasil, 1905). Apresenta o artigo de Juliano Moreira e Afrânio Peixoto “A paranoia e as síndromes paranoides”, apontando a diferenciação que eles estabelecem entre esse constructo clínico e a demência precoce. Indica ainda que situar os limites diagnósticos da paranoia ‘legítima’ foi maneira de delimitar suas posições teóricas e seu alinhamento a Kraepelin, justificando a escolha da postura científica para tornar moderna a psiquiatria brasileira. Adicionalmente, discute aspectos da história conceitual da paranoia (suas relações com personalidade), quanto aos referenciais teóricos usados por aqueles autores brasileiros em seu artigo. Palavras-chave: história da paranoia; Juliano Moreira; Afrânio Peixoto; Emil Kraepelin; Hospício Nacional de Alienados; Brasil
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have