Abstract

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar, através de uma pesquisa qualitativa, descritiva e documental, a recorrência de orações subordinadas adjetivas em redações de candidatos ao Exame Nacional no Ensino Médio (ENEM) submetidas à avaliação pelo portal UOL Educação. Após a coleta dos dados e da triagem dos conectivos e das orações adjetivas, levantamos algumas hipóteses de cunho didático, confrontando os dados com os fundamentos teóricos de Bagno (2011) e Castilho (2012). Em um diagnóstico geral do corpus analisado, no que se refere à recorrência no uso dos pronomes, identificamos: maior recorrência (predomínio) no uso do pronome relativo que; poucos/raros os casos de uso dos pronomes onde / em que / qual / quem (e suas variações); uso do pronome relativo cujo (e suas variações) inexistente. Em relação à recorrência no uso das orações adjetivas, temos: predomínio no uso das adjetivas restritivas; raros casos de adjetivas livres; utilização da oração adjetiva cortadora. Com base nos aspectos de referenciação, coesão e sequenciação, encontramos: problemas na utilização do pronome adequado. Palavras-chave: Orações subordinadas adjetivas. Estratégias de relativização. Ensino de sintaxe.

Highlights

  • This work aims at analyzing, through a qualitative, documental and descriptive research, the recurrence of relative clauses in essays written by candidates for the National High School Examination (Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM)

  • In a general diagnostic of the analyzed corpus, concerning the use of the pronouns, we identified a predominance of the relative pronoun that; a few cases of use of the pronouns where / in which / which / who (and its variations); and the absence of the use of the relative pronoun whose (and its variations)

  • On the subject of referencing, cohesion and sequencing, we found out problems in the use of the appropriate pronoun

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Summary

Introdução

Quando observamos o contexto do ensino de Língua Portuguesa na Educação Básica brasileira, vemos que o método tradicional ainda é muito forte; não que ele seja de todo negativo, mas da forma como é aplicado dispõe a língua, no mínimo, como algo. Este trabalho mostra-se relevante, pois, após análise dos dados, traz uma reflexão sobre a eficácia do método de ensino que, em termos gerais, é encontrado nas escolas do Brasil atualmente, além de nos fazer perceber com que frequência os alunos recorrem a estratégias não prestigiadas da língua, contrariando, muitas vezes, por assim dizer, a norma padrão. Após a coleta dos dados, seguimos os seguintes critérios de análise: Recorrência dos conectivos (que, quando, quanto, cujo, onde) e forma empregada (função sintática, sequencial ou referencial); Recorrência das orações subordinadas adjetivas segundo critério sintático (padrão, cortadora e copiadora) e semântico (explicativas, restritivas). Em (a.1), a relativa diverge do padrão porque o antecedente do pronome relativo é copiado na oração subordinada, por meio dos anafóricos nela, ao passo que, em (a.2), ocorre a supressão (corte) da preposição em, regida pela forma verbal entre. “Na língua falada, que é uma espécie de pronome relativo universal, que está ocupando os espaços dos outros.” (CASTILHO, 2012, p. 366)

Quanto às funções textuais-discursivas
Análise dos dados
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