Abstract

O texto apresenta as mediações existentes entre o
 trabalho do jornalista e seu produto, a notícia, tendo
 na crítica ontológica lukacsiana o eixo fundamental
 da compreensão do jornalismo em tempos de crise
 estrutural do capital. Para tanto, discorre sobre a
 especificidade do trabalho jornalístico em um contexto
 de precarização de sua atividade e sua relação com a
 crise que assola essa forma social de conhecimento.
 Nesse sentido, ao debatermos a práxis noticiosa
 e seu valor de uso social, não podemos ignorar os
 mecanismos de estranhamento instaurados nos
 momentos de produção, circulação e recepção dessa
 narrativa, o que nos faz avaliar a atualidade de seu
 poder de desreificação da realidade.

Highlights

  • it discusses the specificity of journalistic work in a context

  • its relation to the crisis that plagues this social form of knowledge

  • we can not ignore the mechanisms of estrangement established in the moments

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Summary

Rafael Bellan Rodrigues de Souza

Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação | E-compós, Brasília, v.20, n.3, set./dez. 2017. Até por uma proximidade com a definição do jornalismo como forma social de conhecimento, e pelo termo ideologia ainda estar muito carregado do sentido de falsa consciência, preferimos a caracterização dada por Huws (2013) de trabalhador do conhecimento, enfoque que tem evidência também nos estudos de Mosco (2012). Existe também outro tipo de trabalho do conhecimento, o qual poderíamos chamar de trabalho “criativo” ou “original” (alguns dos quais podem ter contribuições, com ou sem reconhecimento, dos trabalhadores de “processo”), que gera novo capital intelectual, na forma de ideias, design, programas, ou produtos intelectuais mais definíveis (se não tangíveis), tais como letras, música, ou imagens. Preferimos não debater aqui a categoria de cibertariado da autora, direcionando-nos mais à especificidade do jornalista como um trabalhador que produz uma forma de conhecimento, sujeito de pores teleológicos secundários, atuando numa esfera de complexidade cooperativa que, para materializar seu produto, depende de outros trabalhadores (relacionados ao trabalho de pôr teleológico primário). Com o complexo total da ordem do capital em crise estrutural[4], o trabalho do conhecimento passa por uma crise em dois aspectos principais: na atividade estranhada e precarizada, consequência da negação do sentido do trabalho pela produção do capital e na sociabilidade corroída pela barbárie social e miséria ideológica

Práxis noticiosa dos trabalhadores da comunicação
Considerações Finais
CONSELHO EDITORIAL
CONSELHO CIENTÍFICO
COMISSÃO EDITORIAL
CONSULTORES AD HOC
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