Abstract

A partir da análise de relatos de viajantes presentes no vale do rio Mucuri (Minas Gerais, Brasil) ou em seus arredores, focalizam-se as representações imaginárias construídas acerca de uma grande área de Mata Atlântica, praticamente intocada até meados do século XIX. O médico Avé-Lallemant e os naturalistas Maximilian, Saint-Hilaire e Tschudi discutiram intensamente dois temas. O primeiro refere-se às populações indígenas que habitavam a área, apresentadas como grande obstáculo para a conquista. O segundo consiste na mata, cujo exotismo e impenetrabilidade a aproximavam, no seu imaginário, dos índios botocudos, aos quais se atribuíam atitudes violentas e hábitos antropofágicos. Nessa polêmica, avaliavam a possibilidade de colonização e as condições efetivas de ocupação do território.

Highlights

  • This article deals with travellers’ writing about the valley of the Mucuri river (Minas Gerais, Brazil)

  • The first one refers to the Indian people shown as an obstacle to the conquest

  • The second one refers to the exoctic and impenetrable forest, related to the Botocudos Indians, seen as people with cannibal costumes and violent attitudes. Their analysis evaluates the possibilities of colonization and occupation of the territory

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Summary

Introduction

This article deals with travellers’ writing about the valley of the Mucuri river (Minas Gerais, Brazil). Uma dessas regiões foi o vale do rio Mucuri, situado no nordeste da província de Minas, coberto por matas tropicais, alvo da cobiça dos fazendeiros e exploradores das áreas circunvizinhas, enigma natural e etnográfico para vários viajantes que — nas tentativas de decifrá-lo — percorreram ousadamente suas trilhas precárias.

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