Abstract
O artigo apresenta os resultados parciais duma investigação em curso sobra narrativas museológicas sobre o reconhecimento da diversidade cultural. A partir duma análise sobre os processos de construção a ideia do outro em diferentes exposições em diverso museus, na Península Ibérica, no Brasil e em Moçambique, procuramos identificar os processos narrativos hegemónicos e os processos de silenciamento e esquecimento da diferença. Argumentamos, a partir do discurso identitário português, que sem a inclusão das narrativas sobre a diversidade, a cultura hegemónica não está a fornecer uma cartografia mental adequada para orientar e enfrentar a construção de inovação social nos museus.
Highlights
This article presents the partial results of a research about the recognition of cultural diversity on museum narratives
A questão da operação mental que leva ao reconhecimento do outro e da diversidade é uma questão da maior relevância para as nossas instituições de memória
A recusa no reconhecimento da autonomia ontológica do outro, tal como encontramos nas diversas narrativas museológicas traduz a persistente incapacidade dessa memória coletiva de reconhecer e tomar consciência do seu passado e reconhecer a diversidade do eu presente
Summary
O processo da construção da visão do outro é actualmente uma problemática relevante para o campo da museologia. A questão da capacidade que cada comunidade tem para reconhecer o outro, o diferente, é uma das questões de relevância na produção do conhecimento museológico na Nova Museologia. O interrogar como e de que forma as narrativas museológicas integram as narrativas sobre o outro torna-se assim uma questão de relevância para a museologia, quando se interroga sobre a sua Função Social. Esta perceção do eu em relação com os outros é uma das características que nos distinguem, como espécie humana, das outras espécies. A personalidade individual é o que nos distingue do mundo, uma identidade; enquanto a personalidade social constitui-se nas relações entre os indivíduos no grupo. Mostra que o tipo de relação que se estabelece com a alteridade, a sua aceitação e a busca de processos de diálogo se constitui como um caminho de elevado potencial para a criação da racionalidade ocidental. A partir da análise das narrativas identitárias como lugares de competição ou de cooperação dos grupos, podemos verificar o grau de inclusão ou exclusão da diferença e de alteridade
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.