Abstract

0 urbanismo - que surge como disciplina no século 19, institucionalizada no início do século 20 - tem recorrido reiteradamente à biologia para explicitar suas análises e técnicas de ação. Nas representações da cidade tornou-se freqüente as analogias com corpos vivos, partes de corpos, doenças e anomalias. Nas palavras da cidade e do urbanismo, termos da biologia são freqüentemente empregados, surgindo tanto nas técnicas de análise e intervenção quanto para nomear partes e componentes da cidade. 0 texto discute esta correspondência que se instaura entre a cidade e 0 corpo, investigando as metáforas e as analogias formuladas entre a aglomeração urbana e os organismos vivos no uso de palavras da biologia e da medicina para designar a cidade e alguns de seus lugares. Por meio da fala de diferentes autores - urbanistas, médicos, etc. - no Brasil e em outros países - 0 trabalho assinala como estes vínculos percorrem os séculos 19 e 20. Discute 0 sentido da persistência e da força da imagem do corpo como modelo de ordem e de desordem urbana. Discute ainda impactos deste procedimento na compreensão da forma e do ambiente da cidade

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