Abstract

O presente artigo tem como objetivo a construção de um registro, um memorial, acerca do trabalho remoto dos docentes da Universidade Federal do Espírito Santo durante a pandemia de COVID 19. Como estratégia metodológica, lançamos mão da história oral e da entrevista de manejo cartográfico. O traçado metodológico a partir da história oral se deu por apostarmos na potência do narrar. Uma pesquisa que desassujeita e inclui o que é dito, acolhe as narrativas no momento da conversa, tomando rumos imprevisíveis, afirmados na sua imanência. A entrevista seguiu um manejo cartográfico, ou seja, ouvir como, a partir de uma experiência situada histórica e culturalmente, docentes se produzem como sujeitos em meio ao trabalho remoto na pandemia de COVID 19. Outro método utilizado foi o da instrução ao sósia que consiste em um método de apreensão dos modos como o trabalho se movimenta e os trabalhadores/as criam estilos sempre renovados de agir. Nessa pesquisa, nos interessou acessar a forma como o trabalho é realizado. As falas dos professores/as nos aproximam exatamente de tudo aquilo que lançam mão para dar conta da atividade. E isso não é pouco. Se consideramos que saúde é normatividade, afirmamos que esses professores/as, apesar de todas as adversidades, conseguem, não sem esforço, criar novas normas de vida para dar conta de um trabalho que ora se apresenta mais solitário, precarizado e cansativo.

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