Abstract
O presente artigo tem como objetivo propor uma análise da obra Quatro Quartetos, do americano T. S. Eliot, a partir de um viés alternativo: a teoria da relatividade de Albert Einstein e a música, tendo como elemento unificador a questão do tempo. Se Einstein mudou os paradigmas da física ao propor que o tempo é uma grandeza relativa, e não absoluta, o axioma de um tempo estritamente linear, presente-passado-futuro, deixou de ser ponto passivo no mundo científico e a noção de ‘viagem no tempo’ passou a ser uma possibilidade. O presente artigo estabelece uma ponte entre tal raciocínio e o poema Quatro Quartetos a partir da noção de eterno tempo presente, tão cara à voz enunciadora do poema, demonstrando que tal ideal pode ser alcançado pela palavra poética através de um estado de sinergia entre os tempos passado, presente e futuro.
Highlights
The article suggests an analysis of T
Eliot’s Four Quartets” (1999) complementa essa ideia, presente já nos primeiros versos do poema, como um elemento vital dos Quatro Quartetos: “eternity can and must be incorporated into the life of time as the sole means to revitalize the spiritual wasteland of modern life
The Four Quartets present the triumph of life over time” (FAIRCHILD, 1999, p. 53)2
Summary
A obra Quatro Quartetos, publicada por T. S. Eliot’s Four Quartets” (1999) complementa essa ideia, presente já nos primeiros versos do poema, como um elemento vital dos Quatro Quartetos: “eternity can and must be incorporated into the life of time as the sole means to revitalize the spiritual wasteland of modern life. O importante é saber que Eliot propõe, na primeira parte do poema, uma vida dentro e fora do tempo (Burnt Norton); na segunda parte materializa essa representação (East Coker); na terceira (The Dry Salvages) o fluxo da vida é metaforizado como um correr de águas; e na última parte (Little Gidding) temos o ápice da espiritualidade através do fogo da purificação. Física pensada aqui a partir das noções espaço-tempo de Einstein e eterno tempo presente de Eliot, e música na maneira com que o poeta americano trabalha a ideia de “música inaudita” nos Quatro Quartetos
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