Abstract

A guerra tem um papel importante na construção histórica da Inglaterra, influenciando diretamente as reflexões teóricas produzidas em seu mundo acadêmico. À luz desta questão, este artigo estuda o tema da guerra dentro da "Escola Inglesa das Relações Internacionais", a partir da análise do pensamento de Carr, Butterfield, Wight e Bull. Este artigo argumenta que, embora Carr tenha sido um "outsider" da Escola Inglesa das Relações Internacionais, suas críticas contra a noção de harmonia internacional de interesses e seu apelo para a construção de uma nova moral internacional possibilitaram mais tarde o desenvolvimento de pesquisas sobre a sociedade internacional. Butterfield, Wight e Bull vêem a guerra com um prisma racionalista, fruto de um descontentamento com explicações dialéticas ou antitéticas das Relações Internacionais: realismo x idealismo. Nesse contexto, a guerra é, em primeira análise, um elemento permanente das Relações Internacionais, tendo como objetivo primordial promover a ordem e não manter a paz. Em uma segunda análise, a guerra é, de um lado, um instrumento da política de poder e, de outro, uma ameaça a ser contida. Nestas análises, há uma sofisticação, tanto do ponto de vista das idéias quanto metodológico, entre o pensamento de Butterfield e Wight, e de Wight e Bull.

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