Abstract

O autor tenta dar conta aqui da multiplicidade de formas e de lugares da criação teatral contemporânea por meio da noção de “teatro atravessado”. Ele se apoia especialmente em três exemplos escolhidos por sua heterogeneidade: BR-3, trabalho site-specific do Teatro da Vertigem; as performances vídeo-teatrais do Grupo Berlin, em particular Land’s end; as criações literárias, visuais e tecnológicas do encenador Guy Cassiers. O entendimento é o de que esses espetáculos procuram produzir nos espectadores menos representações que perspectivas, para retomar a noção antropológica de Viveiros de Castro: deslizamentos perceptivos, desligamentos conceituais, desfiliações sociais, colocando em ação, cada um à sua maneira, a política do “mestre ignorante” à que se refere Jacques Racière. Eles promovem assim novos modos de subjetivação.Tradução do francês para o português de José da Costa (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO)

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