Abstract

O suicídio tem uma prevalência elevada nos grupos etários mais envelhecidos. Em Portugal, a investigação sobre o suicídio na velhice ainda é escassa e muito dominada pelo campo da Psicologia e das Ciências da Saúde. Este artigo segue uma perspetiva sociológica (baseada no legado de E. Durkheim) sobre o suicídio na velhice em Portugal e reporta os resultados de um estudo transversal e descritivo, baseado em dados secundários do Instituto Nacional de Estatística (INE), que analisou a mortalidade por suicídio na população mais velha (65+), segundo a idade, o sexo e a região (NUTS II), entre 2014 e 2019. Os resultados confirmam algumas conclusões de outros estudos já realizados, mas revelam simultaneamente aspetos ainda não (suficientemente) explorados. Se, por um lado, chamam a atenção para a importância da idade, do sexo e da região na caracterização do suicídio na velhice em Portugal, por outro lado, enfatizam a utilidade do entrecruzamento destas variáveis na revelação de perfis divergentes e singulares que suscitam pistas para futuras investigações que, na nossa ótica, beneficiariam da adoção de uma perspetiva sociológica. Sendo o suicídio na velhice um problema de saúde pública que tenderá a agravar-se no futuro devido às tendências demográficas, importa aprofundar o conhecimento deste fenómeno, pois só assim se poderão desenhar medidas de política pública eficazes dirigidas para a sua prevenção e mitigação.

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