Abstract

Apesar dos avanços no conhecimento em neurociências, percebemos que os preconceitos e estereótipos sobre as diferenças de atitudes e comportamentos entre os sexos estão ainda presentes no espaço público. A mídia e a internet nos inundam de velhos clichês que consideram as mulheres naturalmente dotadas para a empatia, mas incapazes de ler um mapa rodoviário, enquanto os homens seriam essencialmente bons em matemática e competitivos. Estes discursos fazem crer que nossas aptidões e personalidades são programadas em nossos cérebros e imutáveis. As pesquisas recentes mostram o contrário. Graças a suas formidáveis propriedades de “plasticidade”, o cérebro fabrica constantemente novos circuitos neurais, dependendo das aprendizagens e experiências de vida. O conceito de plasticidade cerebral é primordial para abordar a questão da origem das diferenças e semelhanças entre ossexos. Ele traz uma explicação neurobiológica fundamental para entender os mecanismos que participam da construção das nossas identidades de mulheres e homens, reforçando e enriquecendo as pesquisas em ciências humanas sobre o gênero.

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