Abstract

O artigo discute questões básicas de narratologia, a partir de uma crítica a posições defendidas por Gérard Genette, mostrando que tal concepção não se ajusta bem aos textos visuais do cinema e da televisão. Começa por estabelecer uma distinção entre ver e saber, imbricadas nas relações narratológicas, que os teóricos desta disciplina costumam utilizar indiferentemente. Convoca, para ilustrar sua proposta, um exemplo heurístico, o atentado de 11 de setembro perpetrado contra o World Trade Center. Mostra, então, que o ver não pode deixar de prescindir do saber - as imagens do atentado, por si mesmas, não são reconhecidas enquanto o telespectador não consegue estabelecer um laço entre elas e uma dimensão do mundo que, em TV, aparece vinculada ao real ou ao fictício ou ao lúdico. A partir da análise do evento, revela que as imagens só podem ser aceitas como violentas quando perpassam pela somatização humana.

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