Abstract

O rio Tibagi na cidade de Londrina, durante os anos de 1970 e 1980 foi motivo de muita discussão e polêmica devido ao projeto de captação de suas águas para o abastecimento da população das cidades de Londrina e região. Em matérias publicadas em jornais, sobretudo no Jornal Folha de Londrina, nas décadas de 1970 e 1980, foi possível identificar que, neste momento, emergiu a percepção de que o rio estava poluído. Deste modo, o nosso objetivo principal na primeira parte desta pesquisa é investigar como se deu a formação desta imagem. Para tanto foi utilizado a coleção de recortes de jornais sobre a polêmica da captação das águas do Tibagi e entrevistas com o engenheiro civil Nelson Amanthea e com o engenheiro agrônomo Marcos Antonio Castanheira, ambos participaram das discussões sobre o Projeto. Foi neste período, que o ideário da era da ecologia penetrou e começou a circular na cidade no final da década de 1970. Neste contexto, o do surgimento da “era da ecologia”, as denúncias e ações de combate à poluição começavam a se tornar mais efetivas e amplas, assim também, surgiram as associações ambientalistas, órgãos governamentais especializados e legislação específica. Deste modo, o também objetivo dessa pesquisa é investigar a participação de cientistas e instituições na questão ambiental, através da investigação do rio Tibagi que tornou-se evidente no final dos anos de 1980 e início da década seguinte quando a Universidade Estadual de Londrina-PR iniciou pesquisas na bacia do rio Tibagi. Destaca-se a participação dos membros do Departamento de Biologia Animal e Vegetal – UEL, a empresa Klabin Celulose e Papel, de Telêmaco Borba-PR e o COPATI- Consórcio Intermunicipal da Bacia do Tibagi, nos projetos e ações com objetivo de promover a sua recuperação. Uma das principais ações investigadas foi o Projeto “Aspecto da Fauna e Flora do Rio Tibagi” que ficou conhecido como “Projeto Tibagi”. Neste sentido busquei investigar as origens do Projeto, os principais participantes envolvidos, o seu desenvolvimento, os resultados da pesquisa, as motivações que levaram o Projeto a ser encerrado e a relação dos cientistas com o rio. As principais fontes utilizadas foram os jornais Folha de Londrina e Notícias UEL; depoimentos de pesquisadores da UEL e relatórios do projeto Tibagi.

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