Abstract
RESUMOO Grande Tempo está presente na concepção de cultura e literatura de Bakhtin e na sua antropologia filosófica. Tomado como uma metáfora, o conceito poderia ser compreendido por meio de uma extensa gama de significados: tradição, futuro virtual, história literária e intelectual, memória em seu sentido mais amplo, um nível ontológico de existência, transcendência, etc. O Grande Tempo parece estar relacionado à ideia central de Bakhtin a respeito da responsabilidade pessoal, radicada na situação concreta do ato (postupok). Desse ponto de vista, o conceito implica a presença de um "terceiro" na comunicação ou no inconcluso diálogo da existência. A posição desse "terceiro" no diálogo (um conceito polissêmico em si mesmo: pessoas, o leitor, o futuro, Deus) ocorre sempre a partir de um distanciamento ou exotopia, que permite um julgamento de valor em relação ao ato, e que vai além de sua situação concreta e social. De certa forma, o "terceiro" é uma postura por meio da qual é possível ponderar o ato como transcendência. Minha experiência de vida, como intelectual e professor de Literatura Hispânica e Pensamento Latinoamericano, tem testemunhado a relevância da concepção antropológica bakhtiniana.
Highlights
The Great Time is present in Bakhtin’s conception of culture and literature and in his philosophical anthropology
Here is a more recent interpretation to “great time”: “It is a conception of time approaching secular eternity, a kind of saecula saeculorum of human communication,” or “long historical continuity” (REED, 2014, p.146), reserving above all the word “secular.” Just as other concepts, the meaning of this one is to be understood in accordance with the context in which it is used
All in all —and despite the fact that the expression “great time” itself appears at a late stage in his writing— it can be assured that the concept itself exists implicitly, under a more philosophical aspect, from his earliest texts onwards
Summary
The Great Time is present in Bakhtin’s conception of culture and literature and in his philosophical anthropology. Here is a more recent interpretation to “great time”: “It is a conception of time approaching secular eternity, a kind of saecula saeculorum of human communication,” or “long historical continuity” (REED, 2014, p.146), reserving above all the word “secular.” Just as other concepts, the meaning of this one is to be understood in accordance with the context in which it is used.
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have