Abstract

Entre as questões a serem tratadas pelo Sínodo Especial para a Amazônia (Roma, 2019), está a situação de dezenas de milhares de comunidades que, na região amazônica, não têm acesso regular à celebração da eucaristia por falta de presbíteros. Em axioma famoso, Henri de Lubac (1896-1991), aprofundando o tema da relação Eucaristia-Igreja na literatura eclesiástica do primeiro milênio cristão, dizia que “A Igreja faz a Eucaristia, e a Eucaristia faz a Igreja”. Muitas comunidades se reúnem para celebrar a Palavra de Deus, e sabemos que a Palavra está na origem da Igreja: a Igreja é, sem dúvida, “criatura da Palavra”. Falta a essas comunidades, porém, a celebração frequente (preferivelmente dominical) da Eucaristia, pois é a celebração da eucaristia que “faz a Igreja”. Dado que a Igreja celebra a eucaristia (“a Igreja faz a eucaristia”) sempre sob a presidência de um sacerdote (bispo ou presbítero), e estes, na Amazônia, faltam cronicamente, o autor sugere que se revejam algumas condições para a ordenação, entre elas o próprio celibato, para que a Igreja na Amazônia possa, com ministros ordenados próprios, chegar à plenitude da sua constituição eclesial e missionária.

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