Abstract
O Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF), parte das politicas linguisticas do Mercosul, fez em 2015 dez anos. Durante esse tempo, numerosas acoes foram realizadas e muito se tem escrito sobre elas. Neste artigo, a partir da leitura de documentos oficiais e do confronto com estudos de campo, objetivamos tracar um panorama da sua atualidade e analisar as politicas ai produzidas. Diante do novo contexto politico e economico do Mercosul, em que as acoes do programa estao sofrendo cortes e adiamentos, faz-se necessario pensar este momento como uma oportunidade para avaliar o feito, conferir quais dos objetivos iniciais continuam a nortear o PEIF, e reorientar as acoes de acordo com as necessidades e problematicas surgidas durante esta primeira decada de andamento. Nesse sentido, acreditamos que o arcabouco teorico e metodologico da visao ampliada de Politicas Linguisticas (SPOLSKY, 2004; Mc CARTY, 2011) resulta esclarecedor para essa tarefa, e o apresentamos aqui como uma via de analise possivel. Comecamos recordando os pontos principais dos documentos fundadores do PEIF. Em seguida, confrontamos esses pontos com dados preliminares da nossa pesquisa, de cunho etnografico, produzidos no campo, na regiao de fronteira Sao Borja (BR) - Santo Tome (AR), para finalmente elaborar uma reflexao sobre as continuidades e rupturas com o contexto de surgimento desta proposta de politica linguistica. --- http://dx.doi.org/10.12957/matraga.2016.20785
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