Abstract
Esse texto discute aspectos do Programa Bolsa Família ligados à superação das desigualdades socioeconômicas na confluência entre mundo vivido e instâncias sistêmicas da sociedade da comunicação. A mídia semanal afirma que o programa é assistencialista. Examinaremos reportagens de Veja de 2005 e 2006 sobre o programa. Nossa questão assim se coloca: como a população pode tornar o PBF emancipatório por meio da criação de novas sociabilidades? O PBF suporta em seu corte burocrático a expressão de efeitos de multidão (plurilinguísticos) que criem efeitos emancipatórios para além da transferência de renda (empoderamento, melhoria do estado de bem-estar)? Como enfrentar o paradoxo de que ao colocar suas demandas de modo participativo e sistêmico, podem perder-se os efeitos de multidão vindos do mundo da vida?
Highlights
This text discusses some aspects of the Brazilian Family Grant Program
The weekly magazine affirms that such Program is welfarist
We will examine the texts from the weekly magazine Veja
Summary
No âmbito do projeto A invenção do Mesmo e ligados à superação das desigualdades socioeconômicas na confluência entre mundo vivido e instâncias sistêmicas da sociedade da comunicação. A criação de resistência por parte dos movimentos sociais deve ser pensada não somente como contraponto ao sistema, mas como recusa do monolinguismo, como afirmação do plurilinguismo acontecimental; dito de outro modo, não apenas como atividades contrahegemônicas, mas também como afirmação de outros mundos possíveis diante da lógica hegemônica, o que conecta com o tema do direito à comunicação, para além dos formatos da estruturação hegemônica atual no país (BRITTOS, 2008; SODRÉ, 1999). Examinaremos algumas reportagens da mídia semanal de modo a verificar como são enunciados o assistencialismo e a possibilidade de emancipação ligados ao programa. E, finalmente, como se pode pensar essa relação entre sistema (gestores nos níveis federal, estadual e municipal) e mundo vivido (a potência criadora da cultura das singularidades) na apropriação do programa pela multidão
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