Abstract

Em vista das discussões realizadas, desde a década de 1980, acerca de uma concepção crítica em Psicologia Escolar e Educacional, esta investigação buscou compreender como uma supervisora de estágio e uma estagiária em Psicologia de uma instituição de Ensino Superior de Minas Gerais se apropriaram desta concepção crítica. Partindo das contribuições da Psicologia Histórico-Cultural, a escolha metodológica consistiu em conhecer a trajetória de formação das participantes da pesquisa, por meio da modalidade da história oral temática. As participantes fizeram seus depoimentos em sessões de entrevista, totalizando quatro sessões com cada uma, com duração média de quarenta minutos. Mediante as análises, é possível indicar: a mediação do outro como processo inerente às escolhas profissionais e à aprendizagem teórico-prática; os desafios e contradições como parte fundamental do processo de apropriação de uma perspectiva crítica, sugerindo que a aprendizagem é desenvolvida dialeticamente; a atividade prática e os estudos teóricos como componentes indispensáveis para a apropriação conceitual, sendo indicada a necessidade de compreender teoria e prática como uma unidade; o estágio supervisionado como atividade essencial para o aprendizado do futuro psicólogo escolar, indicando a importância da mediação entre a supervisora e a estagiária para a apropriação teórico-prática de uma perspectiva crítica em Psicologia Escolar e Educacional por parte da estagiária, bem como a importância das ações pedagógicas da supervisora neste processo. O estudo aponta a necessidade de mais pesquisas e ações voltadas para a formação do psicólogo escolar em uma perspectiva crítica, a fim de consolidar neste campo práticas contextualizadas e emancipatórias.

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