Abstract

Este artigo analisa construções simbólicas em torno da italianidade, expressas tanto nas práticas culturais de Santa Teresa/ES quanto na Lei nº 13.617/2018, que a reconhece como pioneira da imigração italiana no Brasil. Aproximando-se do conceito benjaminiano de imagem dialética, cuja formulação aborda relações do presente com o passado e aponta a linguagem como lugar de sua expressão, problematizamos a constituição de uma narrativa histórica que destaca apenas integrantes e valores da comunidade desejada. Compreendendo a cultura como um campo plural e dinâmico, tomamos a lei na acepção de mônada. O percurso metodológico escolhido nos instiga a refletir sobre a italianidade como uma construção social produtora de visões de mundo, sociabilidades e sensibilidades. Outrossim, fornece subsídios para realizarmos uma análise da cultura como espaço constituído por tensões, conflitos e negociações, ora ocorrendo de forma sutil, alegórica, consentida, ora de maneira impositiva e excludente.

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