Abstract

A experiência em África tem sido tema recorrente na mais recente produção literária de língua portuguesa, sobretudo nas obras lusitanas e africanas. Alguns autores têm rompido o silêncio e desnudado as verdades por trás da ação colonizadora europeia; neste caso, os últimos anos do Império português. É nesse contexto que a obra Cadernos de memórias coloniais (2019), de Isabela Figueiredo, é ambientada. O enredo traz à baila a realidade perpetrada na sociedade colonial, principalmente a relação entre colonos e negros colonizados impregnada de racismo e opressão. Diante disso, esse trabalho investiga as imagens do racismo na referente obra e como as ideologias segregacionistas europeias foram as principais precursoras do preconceito racial que vigora até hoje tanto na sociedade portuguesa, quanto em todo o contexto mundial. Por conseguinte, este trabalho estabelece um diálogo interdisciplinar em que a literatura versa sobre os pressupostos da teoria pós-colonial, a história e os estudos culturais. Entre os autores estudados, destacam-se os apontamentos de Frantz Fanon, Edward Said, Kabenguele Munanga, Thomas Bonnici.

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