Abstract

Este estudo investigou se a forma de financiamento das empresas é afetada pela participação das firmas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Como objetivo complementar, foi analisada a relação entre o ISE e o risco. A fundamentação partiu da teoria da sinalização que apresenta possíveis soluções para mitigar problemas de adverse selection causados pela assimetria de informações e usada no caso de haver necessidade de tomada de decisões sobre investimentos em ambientes de incerteza. Foi utilizado um Experimento Natural, a partir de uma amostra de 378 empresas, divididas em dois grupos: um de tratamento e outro de controle, com dados em painel e duplo efeito fixo. Os resultados encontrados indicam, estatisticamente, que empresas que sinalizaram Responsabilidade Social Corporativa (RSC) tiveram uma relação negativa com o endividamento e o risco, quando comparadas com aquelas que não sinalizam. Esses resultados ajudam a entender a relevância dos índices de sustentabilidade como um canal de informação crível do comprometimento da empresa com a RSC.

Highlights

  • O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) foi estruturado, em 2005, pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em conjunto com outras entidades, sendo o primeiro índice de sustentabilidade da América Latina

  • This study investigated whether the way firms fund themselves is affected by their participation in the Corporate Sustainability Index (CSI)

  • We analyzed the relationship between the CSI and risk, based on signaling theory, which presents possible solutions to mitigate adverse selection problems caused by asymmetric information, used when there is a need to make decisions about investments in uncertain settings

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Summary

INTRODUÇÃO

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) foi estruturado, em 2005, pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em conjunto com outras entidades, sendo o primeiro índice de sustentabilidade da América Latina. O índice tem o propósito de ser um benchmark de empresas que se destacam em promover boas práticas sustentáveis e possuem comprometimento com Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e sustentabilidade empresarial. O ISE é empregado como proxy de sinalização crível para o mercado, de empresas que são comprometidas com a RSC, que pode ser justificada pelos critérios adotados para a inclusão das empresas. Para melhor conduzir este estudo, é proposta a seguinte questão de pesquisa: Qual a relação entre o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) como mecanismo de sinalização da RSC e o endividamento das empresas?. Evidências são encontradas em trabalhos anteriores de que o comprometimento da empresa com a RSC, como boas práticas sustentáveis e também como informação ao mercado, minimiza incertezas sobre as operações da empresa, podendo influenciar na redução do risco e do custo de capital (BASSEN; MEYER; SCHLANGE, 2006; ORLITZKY; BENJAMIN, 2001). A proposta é enriquecer os debates acadêmicos, ao estudar a RSC, não somente como boas práticas de sustentabilidade adotadas nas empresas, mas, também, entender o papel da informação pertinente ao ISE, sinalizando essas práticas adotadas quando se pretende financiar recursos

REFERENCIAL TEÓRICO E REVISÃO DE LITERATURA
Determinantes da Estrutura de Capital
METODOLOGIA
ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS
Dados em painel com duplo efeito fixo: variável dependente “risco”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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