Abstract

Ainda que haja muito debate acerca da formação em turismo, incluindo grupos de trabalho em muitos eventos, há, do outro lado, pouca informação acerca da empregabilidade dos egressos desses cursos. Houve ao longo do tempo um distanciamento notório entre os interesses dos formadores e dos contratantes, sendo os primeiros mais voltados à construção acadêmica e humanística dos graduandos e os últimos com foco em profissionais com habilidades adquiridas de forma adequada durante seu período de formação. A partir da comparação entre os dados da atuação profissional dos egressos de cursos superiores em turismo 2012 e 2018, o presente artigo discute o mercado de trabalho de egressos de cursos superiores no Brasil, no que diz respeito às principais atividades, setores de atuação e remuneração. Baseia-se em dados primários e secundários, com caráter descritivo e enfoque qualitativo na interpretação dos dados. Entre os principais resultados destacam-se que o mercado de trabalho em turismo não é tão diversificado quanto se pensa e se ensina nos cursos de turismo já que se percebe concentração de turismólogos em uma única ou poucas áreas de atuação; uma percepção da melhora discreta na remuneração e aumento da participação de docentes no mercado e o aumento de respondentes ligados ao setor público.

Highlights

  • There has been plentiful debate about tourism education, including a number of work groups in many events

  • The perception of a discrete improvement in the remuneration, the rise of the participation of professors in the market and the growth of respondents linked to the public sector are among the main findings

  • A lo largo del tiempo se han alejado notoriamente los intereses de los formadores y de los contratatoderes, con los primeros más orientados a la construcción académica y humanística de los graduandos y los últimos con foco en profesionales con habilidades adquiridas de forma adecuada durante su período de formación

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Summary

INTRODUÇÃO

O mercado de trabalho para Bacharéis em Turismo pode ser considerado diversificado a partir do entendimento de que envolve múltiplos empreendimentos ligados, por exemplo, à hospedagem, à alimentação, aos transportes, ao lazer e ao entretenimento, o que gera efeitos diretos na formação dos profissionais desta área. Na tentativa de definição da atuação do turismólogo no mercado de trabalho, e por conseguinte das pretensas competências para seu trabalho, começou-se antes do final dos anos 1990 o estabelecimento de grandes áreas em que os turismólogos atuariam (Ansarah, 2002; Barretto et al, 2004; Matias, 2005 entre outros). Com o tempo é visto o aumento na oferta de cursos de turismo, a essas áreas foi acrescida a docência, que passou a ser uma das principais atividades profissionais de graduados em turismo e, especialmente, pós-graduados (Medaglia et al, 2012). Essa conformação do mercado de trabalho decorrente de uma visão da academia e as indagações sobre a expansão e retração da oferta de cursos de turismo e, mais recentemente, do declínio na procura pela formação superior em turismo, foi o contexto para realizar os levantamentos de dados para subsidiar as discussões sobre o mercado de trabalho dos egressos de cursos de turismo

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