Abstract
Esse artigo propõe algumas reflexões sobre o lugar do patrimônio na operação historiográfica e o lugar da história, como escrita e ação, no campo do patrimônio, a partir da divisão do texto em três momentos. Inicialmente são feitos apontamentos sobre a imbricação da história e dos historiadores com as práticas patrimoniais no Brasil, com indagações sobre afastamentos e aproximações entre esses campos. Em um segundo momento são apresentados os resultados de levantamento da produção acadêmica brasileira sobre o patrimônio, entre os anos de 1999 e 2011, especialmente no âmbito dos estudos históricos em nível de pós-graduação. Finalmente, é problematizado o conceito de campo do patrimônio e campo político para pensar os agentes envolvidos com a questão. Conclui que a história e os historiadores estiveram envolvidos com as questões do patrimônio, desde o surgimento dos primeiros museus brasileiros, no século XIX, quando esteve em voga uma determinada escrita da história associada aos Institutos Históricos e Geográficos e que, em décadas recentes, o patrimônio foi retomado pela história acadêmica como objeto de investigação e ação política.
Highlights
Resumo: Esse artigo propõe algumas reflexões sobre o lugar do patrimônio na operação historiográfica e o lugar da história, como escrita e ação, no campo do patrimônio, a partir da divisão do texto em três momentos
Minhas reflexões iniciam com apontamentos sobre a imbricação da história e dos historiadores com as práticas patrimoniais no Brasil, com indagações sobre afastamentos e aproximações entre esses campos; passam por dados relativos à produção acadêmica sobre patrimônio no Brasil em anos recentes e finalizam com a problematização do conceito de campo para pensar os agentes envolvidos com a questão e suas relações com a participação política
Não é à toa que os primeiros estudos históricos sobre o patrimônio e os museus no Brasil tenham sido inspirados em investigações oriundas especialmente da Antropologia, embora no exterior já estivessem presentes em obras historiográficas como Lugares de Memória, mencionada anteriormente
Summary
Resumo: Esse artigo propõe algumas reflexões sobre o lugar do patrimônio na operação historiográfica e o lugar da história, como escrita e ação, no campo do patrimônio, a partir da divisão do texto em três momentos. Entre os anos 1950 e 1970, quando se intensificaram os movimentos pela preservação do patrimônio urbano em Porto Alegre (POSSAMAI, 2001), as vozes que se levantaram na defesa dos vestígios arquitetônicos e artísticos eram de arquitetos, jornalistas, escritores, advogados, vereadores, historiadores, membros do poder público, municipal entre outros agentes que permitiram justamente considerar o conceito de campo de Pierre Bourdieu (1989; 1996) operacional para analisar esse processo.
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