Abstract

Procedemos com uma avaliação da atitude que consiste em lançar mão das imagens enquanto expediente cognitivo pedagogicamente relevante para o ensino das ciências. Argumentamos que os ensinos das diversas ciências empíricas requerem, ou podem requerer, diferentes graus de abstração. Isso é verdadeiro até mesmo no seio de uma mesma ciência quando confrontamos dois ou mais de seus ramos. Sobre a questão de uma imagem, até mesmo uma imagem consolidada em um dado ramo de uma dada ciência, pode ou não se constituir em obstáculo epistemológico em algum outro de seus ramos, diríamos que a complexidade da questão não comporta uma resposta que seja universalmente inequívoca. Argumentamos que a mente humana é capaz de acomodar duas ou mais representações paradigmáticas - quer sejam verbais, imagéticas ou híbridas - ainda que essas ensejem controvérsias. A posição extrema de Dirac que consiste na recomendação de se evitar imagens, no campo da mecânica quântica, é confrontada com as atitudes de duas cientistas de épocas distintas no campo das ciências da vida, Graziela Barroso e Maria Merian. Concluímos que a atitude que consiste em se lançar mão de imagens, não constitui obstáculo epistemológico algum, quando a compreensão é legitimamente perseguida no ensino das ciências. The verbal and imagery combination as a pedagogical expedient for approaches to the legacies of Graziela Barroso and Maria Merian ABSTRACT We carried out an evaluation of the attitude that consists of using images as a pedagogically relevant cognitive tool for science teaching. We argue that the teachings of the various empirical sciences require, or may require, different degrees of abstraction. This is true even within the same science when we confront two or more of its branches. On the question of an image, even an image consolidated within a given branch of a given science, may or may not constitute an epistemological obstacle in some other of its branches, we would say that the complexity of the question does not give rise to a response that is universally unequivocal. We argue that the human mind can accommodate two or more paradigmatic representations - whether verbal, imagery, or hybrid - even if these give rise to controversy. Dirac’s extreme position, which consists of the recommendation to avoid images, in the field of quantum mechanics, is confronted with the attitudes of two scientists from different eras in the field of life sciences, Graziela Barroso and Maria Merian. We conclude that the attitude that consists of making use of images does not constitute any epistemological obstacle when understanding is legitimately pursued in science teaching.

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