Abstract

Nas décadas de 1920 e 1930, houve a emergência de crises políticas e sociais dos modelos identificados com a democracia liberal em vários países das Américas e da Europa Ocidental. No caso brasileiro, muitos intelectuais produziram críticas ao liberalismo, tomando-o como responsável pelos problemas de ordem política, social e econômica daquele contexto, entre eles Francisco José de Oliveira Vianna, intelectual atuante nos debates políticos do período. Neste artigo, amparando-nos em perspectiva aportada pela história intelectual, propomos compreender seu texto O idealismo da Constituição (1927) considerando, de um lado, sua crítica ao liberalismo nacional e, de outro, a dimensão de transformação retórica e semântica operada pelo autor na segunda edição do livro (de 1939), à luz de uma nova interação com um contexto político diferente daquele dos anos 1920. Assim, defende-se que a compreensão deste texto requer acompanhar suas duas versões e, em particular, indagar a mobilização contextual de valências introduzidas ao conceito de democracia.

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